Benefícios da reposição hormonal feminina

Conheça os principais benefícios do tratamento realizado principalmente em mulheres na menopausa

A reposição hormonal feminina é um tratamento realizado com o objetivo de ajustar a dosagem de hormônios como o estrogênio, que tem sua produção diminuída em períodos como o climatério e após a menopausa, levando a diversos sintomas. O tratamento pode ser realizado por meio de medicamentos por via oral, géis, adesivos e, ainda, por via vaginal.

No entanto, os benefícios da reposição hormonal feminina vão muito além da melhora dos sintomas dessa fase tão marcante em suas vidas, uma vez que a melhora da qualidade de vida também pode ser observada em diversos aspectos. Entenda mais no conteúdo a seguir.

Indicações para reposição hormonal feminina

As mulheres podem sentir os benefícios da reposição hormonal feminina nas seguintes condições:

Mulheres na menopausa

A reposição hormonal por via oral, adesivo, gel e por via vaginal pode ser prescrita para mulheres que estão passando pelo climatério ou que já chegaram à menopausa.

A menopausa em si começa a partir da última menstruação, sendo confirmada após 12 meses sem sua ocorrência. No entanto, as mulheres começam a sentir os sintomas característicos da chegada desse período aproximadamente 2 anos antes das menstruações pararem de fato.

Esses sintomas são consequências, principalmente, das alterações hormonais que ocorrem durante essa etapa, como o aumento do hormônio FSH e a queda na produção de estrogênio. Vale lembrar que nem todas as mulheres apresentam todos os sintomas, mas os principais são:

• Ondas de calor (fogachos);
• Irritabilidade e outras alterações do humor;
• Dificuldade para dormir;
• Pele e boca secas;
• Propensão ao aumento de peso;
• Queda de cabelo;
• Secura vaginal e outros sintomas geniturinários, como coceira e ardência ao urinar;
• Alterações no sistema urinário, como a incontinência;
• Dispareunia (dor durante a relação sexual);
• Suores noturnos.

Prevenção da osteoporose

Uma das principais consequências da menopausa é o aumento do risco de desenvolvimento de doenças como a osteoporose. Isso ocorre porque uma das funções do estrogênio — que tem sua produção diminuída nesse período — é garantir maior proteção aos ossos da mulher.

Alívio de sintomas urogenitais

Os sintomas urogenitais, como vimos acima, são comumente sentidos por mulheres em situação de alteração da produção hormonal, como na menopausa. Por isso, é comum que se veja, entre os benefícios da reposição hormonal, uma melhora de sintomas como a secura vaginal, a dispareunia, o ardor, coceira e a incontinência urinária, entre outros.

Benefícios da reposição hormonal feminina

Além da melhora dos sintomas causados pela alteração na produção e liberação dos hormônios, os benefícios da reposição hormonal feminina podem se ampliar nos seguintes aspectos:

Melhora o aspecto da pele

Uma das diversas funções do estrogênio é prevenir a diminuição da produção de colágeno — proteína responsável pela estruturação e elasticidade da pele —, que ocorre naturalmente com o passar dos anos. Por esse motivo, e considerando que a menopausa ocorre, principalmente, após os 50 anos, a melhora do aspecto da pele é um importante benefício da reposição hormonal feminina.

Aumenta a libido

A diminuição da libido é uma das principais consequências do desequilíbrio na produção de hormônios como o estrogênio e a testosterona. Por esse motivo, muitas mulheres podem sentir o aumento do desejo sexual como um dos benefícios da reposição hormonal nessa fase da vida. Outra possibilidade positiva do tratamento é a melhora da lubrificação vaginal, que pode impactar também o aumento da libido.

Aumenta a autoestima

Como já dito, as alterações de humor são muito comuns no climatério e na menopausa, além de mudanças na aparência e no desejo sexual, que, em conjunto, podem impactar negativamente a autoestima. A reposição hormonal, principalmente se em conjunto com terapias voltadas à saúde mental, pode ser muito benéfica para que mulheres nessa fase recuperem a autoestima.

Melhora a qualidade do sono

As alterações na qualidade do sono são queixas muito comuns entre as mulheres que já passaram pela menopausa. Isso ocorre tanto por causa do desequilíbrio hormonal, que leva a alterações nos próprios ciclos de sono, como por causa de sintomas como os fogachos e as alterações de humor. Por esse motivo, a melhora da qualidade do sono é um dos benefícios da reposição hormonal feminina.

Há riscos?

Apesar dos diversos benefícios da reposição hormonal feminina, é muito importante que toda mulher nessa fase da vida procure atendimento especializado para descobrir se o tratamento é realmente indicado para ela.

Isso porque é importante levar em consideração que tratamentos hormonais podem ter alguns riscos, sendo, no caso da reposição, os seguintes:

• Aumento do risco de câncer de endométrio se não fizer contraposição com progesterona;
• Aumento de chance de trombose;
• Alterações hepáticas.

Quem não pode realizar a reposição hormonal?

Por ser um tratamento que, como vimos, também possui alguns riscos, a reposição hormonal feminina pode não ser indicada a algumas pacientes, tais como:

• Mulheres com cânceres de mama, endometrial e de ovário, ou que tenham fatores de alto risco para essas doenças;
• Pacientes que sofreram AVC prévio, infarto ou outras condições vasculares graves;
• Mulheres com doença hepática aguda;
• Mulheres que apresentem sangramentos vaginais de causas desconhecidas.

Vale lembrar que existem tratamentos de origem não hormonal que podem beneficiar as mulheres que são contraindicadas ao tratamento de reposição. Para isso, é importante se consultar com uma médica ginecologista que seja especializada no acompanhamento de mulheres no climatério e após a menopausa.

Para saber mais sobre os benefícios da reposição hormonal feminina e outras possibilidades de tratamento, entre em contato com a Dra. Priscila Matsuoka e agende uma consulta.

Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa do Ministério da Saúde

Revista Brasileira de Cirurgia Plástica

Revista de Psiquiatria Clínica da Faculdade de Medicina da USP

Dra. Priscila Matsuoka