Saiba em quais situações os sangramentos entre ciclos menstruais podem ocorrer
A pílula anticoncepcional tem como principal objetivo evitar a gravidez, mas pode também auxiliar em outros fatores, como diminuir o fluxo sanguíneo e os sintomas do período menstrual.
Durante a pausa da cartela, o correto é que a menstruação desça em pequenas quantidades. No caso de algumas mulheres, pode haver escapes menstruais, também chamados de spotting, durante o uso do anticoncepcional, o que pode ser normal ou sinal de algum problema.
Saiba quais fatores podem levar ao escape menstrual, o que fazer nessa condição e quando ele pode ser um sinal de gravidez lendo o texto a seguir.
Explore as opções disponíveis para lidar com o escape menstrual.
Fatores que causam o escape menstrual
São vários os fatores que podem levar ao escape menstrual, além do uso de pílulas anticoncepcionais. Conheça abaixo alguns deles.
Anticoncepcional de baixa dosagem hormonal
O escape menstrual é comum, principalmente nos primeiros meses de uso de uma pílula nova. Quando ele ocorre, não é preciso interromper o uso da pílula, pois o escape tende a ser resolvido quando o organismo se adaptar à medicação. Outra condição que pode levar ao escape menstrual é esquecer de tomar a pílula. Tomar o remédio na hora certa, além de evitar esse problema, aumenta a eficácia da contracepção. O sangramento de escape também pode ocorrer com o uso de DIU hormonal, com a injeção contraceptiva e com a minipílula (pílula contendo apenas progestina). Em todas essas situações, caso o sangramento persista por mais de três meses ou se torne intenso, converse com o médico para avaliar a necessidade de trocar o método anticoncepcional.
Alterações hormonais
Quando a pílula não é tomada na hora certa, ou quando seu uso é interrompido a qualquer momento, pode ocorrer uma desregulação hormonal que vai ocasionar o escape menstrual.
Infecções e doenças que acometem o sistema reprodutivo feminino
Miomas, pólipos uterinos ou cervicais, endometriose, infecções do trato urinário e a doença inflamatória pélvica (DIP), que ocorre quando não se tratam certas infecções pélvicas, como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), podem levar a um quadro de escape menstrual. Essas doenças podem causar ainda outros sintomas, como:
- Cólicas intensas;
- Fluxo menstrual aumentado;
- Dor na parte inferior do abdômen;
- Corrimento vaginal anormal;
- Dor ao urinar;
- Necessidade frequente de ir ao banheiro, entre outros.
Gravidez ectópica
O escape menstrual pode estar relacionado à gravidez ectópica, ou seja, aquela que acontece fora do útero – geralmente nas tubas uterinas. Nesse caso, o escape menstrual pode estar associado a outros sintomas, como dor abdominal de um lado, dor nos ombros e/ou náuseas.
Ovulação
Algumas mulheres também podem ter escape menstrual quando estão ovulando. Isso ocorre devido ao rompimento do folículo (estrutura que abriga o óvulo) para permitir que o óvulo saia. Outras, ainda, podem apresentar o quadro alguns dias antes do início da menstruação.
Saiba como tratar e prevenir condições ginecológicas fazendo um bom acompanhamento.
O que fazer em caso de escape menstrual?
A primeira coisa a fazer é procurar ajuda de um especialista caso o escape menstrual tenha ocorrido com frequência, ou seja, intenso. É ele quem vai solicitar os exames necessários e indicar o melhor tratamento, que dependerá do fator que está levando ao escape.
Caso seja necessário algum tipo de intervenção, como o uso de medicamentos, o médico prescreverá a dosagem adequada e a duração do tratamento.
Quando o escape menstrual pode ser gravidez?
O escape menstrual também é um sintoma comum do início de gravidez – estima-se que cerca de 1 em cada 4 mulheres tem sangramentos de escape geralmente entre a 5ª e 8ª semanas de gestação. Uma das causas para o escape pode estar nas alterações hormonais que ocorrem durante a gravidez, pois a produção de progesterona muda dos ovários para a placenta em formação.
Na maioria das vezes, ele não causa preocupações, como aborto espontâneo ou outras complicações. Porém, se ele for abundante, deve-se procurar ajuda médica para que o profissional de saúde avalie o que pode estar ocorrendo.
Para saber mais sobre este assunto, entre em contato e agende sua consulta com a Dra. Priscila Matsuoka.
Fontes:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)